15.5.09



"É um fardo aos ombros 
o corpo, sem ti. 
Até o amarelo 
dos girassóis se tornou cruel. 
Não invento nada, 
na arte de olhar 
a luz é cúmplice da pele." 
Eugénio de Andrade 


Amo-te Inês.

4 comentários:

  1. se eu pudesse, eu sarava-te de todas as mortes. exactamente da mesma maneira, eu sei que iria buscar os teus mortos como te iria buscar a ti. há um poema do Fernando Pinto do Amaral para a Inês, e ele diz " aprende sobretudo a suspender o tempo quando abraça quem morreu só pra ressuscitar dentro de ti ao cumprir a memória incandescente dos dias que o amor transforme em meses, dos meses que o amor transforma em anos, dos anos que o amor rasga e entrega ao rosto azul do céu ". se eu pudesse eu trazia-ta de volta, eu trazia-ta de volta. eu desfazia todo este tempo que és tu-sem-ela.

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  2. até o amarelo dos girassóis, até o amarelo dos girassóis, que é tudo o que me resta, se torna cruel. então vamos respirar sossegado, como um suspiro, como um suspiro para dentro e esperar que o tempo não nos marque na pele cada passagem.

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